Com Unidade de Trauma, Governo prevê ampliação de leitos em todo Estado

  • Publicado em 24 mar 2018 • por Thereza Christina Amendola da Motta •

  • Campo Grande (MS) – Obra emblemática, que por anos permaneceu paralisada, será enfim entregue à população no próximo domingo (25). A Unidade de Trauma, um hospital específico para atendimento de politraumatizados, construído em anexo à Santa Casa de Campo Grande, realizará atendimentos de média e alta complexidade em ortopedia, ajudando a desafogar o sistema de saúde na Capital.

    Consolidar a ampliação de leitos será um dos principais resultados alcançados com a conclusão da obra da Unidade de Trauma.  Na Santa Casa, hospital referência no Estado,  cerca de 60% dos pacientes são vítimas de politraumatismo, sendo a maioria de motociclistas, segundo o presidente da Associação Beneficente de Campo Grande (ABCG), que administra a Santa Casa, Esacheu Nascimento.

    “Só com esse dado é possível imaginar a importância de retirar de dentro da Santa Casa esse  volume de pacientes e coloca-los nessa unidade especial, com pessoas treinadas para cuidar dos traumatizados e assim poder atender na Santa Casa apenas outros tipos de pacientes”, ressaltou Esacheu.

    Para o secretário de Saúde do Estado, Carlos Alberto Coimbra, a entrega da unidade reafirma o compromisso do governador Reinaldo Azambuja em investir na saúde e concluir obras inacabadas.

    “A conclusão da obra da Unidade de Trauma representa não só uma conquista para a população de Campo Grande como para o Estado inteiro. Isso vai ajudar a desafogar as filas de pequena, média e alta complexidade no setor de ortopedia, e também reafirma o compromisso do governador Reinaldo Azambuja de investir em saúde pública e de concluir as obras inacabadas”, disse o secretário.

    Estrutura e Atendimento

    Com mais de 6.600 metros quadrados de área construída, a Unidade de Trauma terá 100 leitos de internação, 10 leitos de UTI, 5 salas cirúrgicas, 2 salas para cirurgia de pequeno porte, 1 sala de fisioterapia, 1 sala de reabilitação, 3 salas de observação com
    15 leitos, 2 salas de raio x, 1 sala de tomografia, 2 salas de odontologia, 3 consultórios e sala de emergência.

    A previsão é que a nova unidade de urgência e emergência realize anualmente 10 mil internações, nove mil cirurgias, 10 mil consultas, além de ampliar os serviços de diagnósticos clínicos e de imagens.

    Custeio

    Em 2016, após o Governo do Estado retomar a obra, em parceria com o Governo Federal e Prefeitura, houve um aporte para a unidade no valor de R$ 8,4 milhões – recursos empregados pelo Governo do Estado (R$ 1,6 milhão), Ministério da Saúde (R$ 2,5 milhões), Prefeitura de Campo Grande (R$ 3,2 milhões) e Associação
    Beneficente de Campo Grande (R$ 890 mil).

    A Santa Casa precisou ainda investir mais R$ 4 milhões para readequar o projeto estrutural inicial da unidade, de onde foram refeitos 2 mil metros quadrados, conforme exigências da vigilância sanitária.

    O Estado, por meio da SES (Secretaria de Estado de Saúde), juntamente com a Santa Casa, já protocolou com o Ministério da Saúde um pedido de custeio para o hospital, no valor de R$ 10 milhões, sendo R$ 6,2 milhões apenas para a Unidade de Trauma.

    Aproximadamente 70% dos equipamentos já foram adquiridos, como maca, ar condicionado, luz, tomadas, pias cirúrgicas, portas e luminárias, totalizando, aproximadamente ,R$ 7 milhões. Com a obra concluída, a expectativa agora é que depois de adquirir o restante dos equipamentos médicos o hospital passe a funcionar em maio.

    “E a Unidade de Trauma é uma obra que ficou por mais de 20 anos sem nenhum tipo de solução, com dinheiro publico parado. Agora, o governador coloca, junto com a diretoria da Santa Casa, esse grande hospital em funcionamento”, disse o secretário Carlos.

    Para Esacheu a obra esteve no imaginário da população por muitos anos e agora se torna realidade. “É uma obra que está no imaginário das pessoas há 20 anos. Mas houve várias interrupções e a última delas em 2011. Nós, com o Governo do Estado, retomamos a obra em junho de 2016. Então, são 22 meses onde foi possível fazer mais de 50% da obra e ainda corrigir tudo que encontramos errado na parte hidráulica , parte elétrica, tipo de encanamento, ar condicionado, que não estava previsto e outras coisas”, concluiu o presidente da ABCG.

    Luciana Brazil- assessoria de imprensa da SES. 

    Fotos- Luciana Brazil.

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