Em Dourados, enfermeiro e indígena são os primeiros a receberem vacina

  • Publicado em 20 jan 2021 • por marianel@ses.ms •

  • Secretário Estadual de Saúde, Geraldo Resende esteve na cidade e destacou importância da parceria com Municípios e governo federal para se vencer a “guerra” contra Covid

    O Governo do Estado, através da Secretaria Estadual de Saúde, fez a distribuição oficial das vacinas contra Covid-19 em Dourados, na manhã desta terça-feira (19). Ao todo, o município recebeu 29.788 doses.  O primeiro douradense a ser imunizado, na presença do secretário estadual de Saúde Geraldo Resende, do prefeito Alan Guedes, do coordenador do DSEI-MS, coronel da Reserva Joe Saccenti Junior, vereadores, profissionais da saúde e outras autoridades, foi o enfermeiro Valdeci Santana, de 50 anos. Ele trabalha na Unidade Básica de Saúde da Vila índio e na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) do Hospital Universitário.

    Casado e pai de dois filhos, o enfermeiro atua há 25 anos na saúde. Segundo ele, ser escolhido para tomar a primeira dose é um reconhecimento a todos os profissionais que estão na linha de frente do combate à Covid-19. “Durante a pandemia estamos vendo muitos colegas sendo infectados pelo vírus e muitos deles não sobreviveram. Como servidores da saúde, nos desdobramos todos os dias para salvar a vida de outras pessoas e fazemos isso com amor. Nos paramentamos todos os dias, sem tirar a máscara e também tivemos muitos momentos de cansaço, mas a vacina nos traz esperança e sentimento de dever cumprido”, ressaltou, emocionado.

    O Guarani Catalino Aquino, de 74 anos, é o primeiro indígena a receber a dose da vacina em Dourados. Disse que se sente aliviado com a chegada do imunizante. “Quando a Covid-19 começou na nossa aldeia nós clamamos por proteção.  Na minha família ninguém pegou a doença, mas perdemos muitos parentes. A vacina é muito importante e todo mundo precisa tomar para que a doença não se espalhe”, destaca.

    O secretário Estadual de Saúde Geraldo Resende disse que o Governo do Estado recebeu 158.760 doses da vacina contra COVID-19 e que a distribuição aos 79 municípios do Mato Grosso do Sul foi em tempo recorde. Ele adiantou que o Estado já está em tratativas para viabilizar novas doses junto ao Governo Federal e que Dourados tem uma atenção especial do Governador Reinaldo Azambuja tendo em vista o grande número de indígenas, grupo prioritário para receber o imunizante.

    Geraldo Resende também destacou a importância da união de esforços entre os governos Federal, Estadual e Municipal. “Mato Grosso do Sul é referência nacional porque conseguimos construir essa unidade, que precisa continuar durante essa fase final, que é o processo de imunização. Do total de 158.760 doses recebidas pelo Estado, 97 mil são para a população indígena e cerca de 61.760 para trabalhadores que estão na linha de frente do enfrentamento da Covid-19. Além disso, os idosos que estão em instituições de longa permanência também receberão a vacina. Tenho a plena convicção que o ajuntamento de forças nos dará a vitória contra o coronavírus, um inimigo perigoso que infelicita nossa gente”, destacou.

    Lar do Idoso

    O Governo do estado também distribuiu doses da vacina no Lar do Idoso. No local, 31 moradores, sendo 22 homens e 9 mulheres com idades entre 60 e 101 anos estão sendo vacinados. Os 19 profissionais da saúde que atuam na instituição também foram imunizados.

    Elvia dos Santos Artiman, de 77 anos, foi a primeira a tomar a vacina. Muito feliz, ela disse que está com esperanças de um novo tempo, sem Covid-19 e que quer voltar a dançar em breve. “É importante se imunizar em razão de um bem maior, que é a vida”, comemorou.

    Vicente Pereira Leme, de 81 anos, disse que a sensação de tomar a vacina é de alívio. “Eu que trato algumas doenças e devido a minha idade avançada preciso cuidar muito bem da saúde. É importante que todos se conscientizem para tomar a vacina”, reforçou.

    De acordo com o presidente do Lar do Idoso Sebastião José Pereira Neto, a vacina começa a traz um alívio. “É uma responsabilidade muito grande que carregamos nos ombros desde o início da pandemia. Adotamos normas restritivas às vezes mais rígidas do que as outras instituições e graças a Deus não tivemos uma morte aqui. Claro que os idosos ficaram sem suas festas, sem seus aniversários, sem seus bolos, mas com a vacina espero que tudo voltará ao normal”.

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