A SES (Secretaria de Estado de Saúde), por meio da Superintendência de Gestão Estratégica, iniciou na última semana visitas aos municípios e hospitais das regiões de saúde de Mato Grosso do Sul para apresentar o Plano de Regionalização Hospitalar, que tem como objetivo ampliar o rol de procedimentos e atendimentos de média e alta complexidade oferecidos no interior. A primeira unidade hospitalar visitada foi o Hospital Regional Francisco Dantas Maniçoba, em Nova Andradina.
Segundo a superintendente de Gestão Estratégica da SES, Maria Angélica Benetasso, o Governo do Estado vai apoiar com contrapartida financeira e técnica todos os hospitais que manifestarem interesse no projeto. “Nós identificamos que a maior parte dos municípios sedes das regiões de saúde do Estado muitas vezes tem o especialista necessário para um atendimento específico, mas faltam equipamentos e/ou estruturas para permitir o atendimento. É nesse contexto que o Governo entra, com assessoria técnica e financeira”, explica.
Ainda de acordo com a superintendente, além de levar aos municípios de menor porte procedimentos mais complexos, a medida visa desafogar os grandes centros. “O objetivo principal é planejar uma estratégia hospitalar hierarquizada e regionalizada para MS. O Estado dá o suporte e as unidades hospitalares promovem a reorganização das equipes. Nós iniciamos o trabalho por Nova Andradina, mas vamos percorrer todos os municípios que se encaixam nesta proposta”, complementa.
A proposta visa a criação de “grandes cinturões” nas regiões que proporcionem atendimentos em dois grandes blocos iniciais: “cirurgia geral, ortopedia e urologia” e “oftalmologia”, tratando o paciente dentro da região, salvo em casos de alta complexidade.
O projeto elenca como atendimento de alta complexidade procedimentos endovasculares (neurologia, cardiologia e cirurgias vasculares), assistência a gravidez de alto risco (UTI neonatal) e linha assistencial oncológica. “Com a hierarquização proposta, os hospitais de referência ficam com a responsabilidade da alta complexidade para procedimentos agudos. O paciente que não precisa de assistência terciária, poderá ter o atendimento dentro da região de saúde na qual ele reside”, explica o titular a ATM (Assessoria Técnica Médica) da SES, Dr João Ricardo Tognini.
Marcus Moura, Comunicação SES
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