Publicado em 03 maio 2021 • por marianel@ses.ms •
Equipe do IFMS desenvolveu videolaringoscópios que poderão ser utilizados em hospitais de Campo Grande e adquiridos a um custo bem mais acessível do que os modelos industrializados; aparelhos são úteis para cirurgias ou procedimentos que necessitem de intubação orotraqueal
Um projeto que garante a reprodução em série de aparelhos de videolaringoscopia, utilizando, para tanto, impressoras 3D pertencentes ao campus Campo Grande do IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul) foi apresentado na manhã desta segunda-feira (3) ao secretário de Estado de Saúde Geraldo Resende. O objetivo é produzir o aparelho em série e distribuí-lo nos principais hospitais de Campo Grande a um custo muito mais acessível do que o modelo industrializado.
Para conhecer o equipamento, o secretário Geraldo Resende recebeu em seu gabinete a reitora do IFMS Elaine Borges Monteiro Cassiano, a pró-reitora de Ensino Cláudia Santos Fernandes e a estudante do curso de Tecnologia em Sistemas para Internet Maria Cristina Abrão Velasquez da Silva. O projeto tem como orientador o professor Matheus Piazzalunga Neivock.
Participaram da reunião ainda o diretor da Escola de Saúde Pública “Dr. Jorge David Nasser”
André Vinicius Basta de Assis e o diretor de Saúde e assessor técnico do Corpo de Bombeiros Militar na Secretaria de Estado de Saúde (SES) coronel Marcello Fraiha.
O equipamento
Os videolaringoscópios são equipamentos que integram os laringoscópios a sistemas de câmeras e são úteis para todas as cirurgias ou quaisquer procedimentos que necessitem de intubação orotraqueal, pois permitem a intubação do paciente, possibilitando aos médicos, principalmente aos anestesistas, uma visão clara de suas vias aéreas, extremamente importante para pacientes considerados com via aérea difícil, segundo explica a professora Cláudia Santos.
“Apesar de serem fundamentais e que deveriam estar no kit básico de qualquer atendimento emergencial, são equipamentos extremamente caros, porém suas lâminas são fáceis de serem reproduzidas em impressão 3D, existindo vários projetos prontos, cedidos gratuitamente. Essas lâminas podem ser acopladas a celulares comuns e, dessa forma, tem-se um videolaringoscópio mais barato, porém eficiente”, salientou a pró-reitora.
O secretário Geraldo Resende, que é médico, mostrou-se satisfeito com o projeto e colocou a Secretaria de Estado de Saúde à disposição para apoiar projetos do Instituto Federal de MS, na área de saúde.
“Parabenizo a equipe de professores e alunos que desenvolveram essa proposta de tornar os videolaringoscópios mais acessíveis. Trata-se de uma iniciativa que cumpre o papel de difundir conhecimento, além de dar a oportunidade, aos acadêmicos, de desenvolverem suas aptidões científicas”, salientou Geraldo Resende. “Estamos abertos a discutir a possibilidade de desenvolver, em parceria, projetos que, como esse, tragam ganhos à população sul-mato-grossense”.
Texto e foto: Ricardo Minella/SES