Publicado em 29 out 2021 • por marianel@ses.ms •
A Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul recebeu no último no último dia 25 de outubro, a visita de técnicos do Ministério da Saúde, para capacitação dos profissionais de saúde responsáveis pela Vigilância Epidemiológica Municipal no Estado com o “Plano de Ação para Fortalecimento da Vigilância Laboratorial do Sarampo”. Ao todo, participaram representantes dos municípios de Campo Grande, Chapadão do Sul, Costa Rica, Jaraguari, Maracaju, Paraíso das Aguas, São Gabriel, Sidrolândia, Coxim, Corumbá, Nova Andradina, Ponta Porã e Três Lagoas.
Para a coordenadora estadual de Vigilância Epidemiológica da SES, Ana Paula Rezende de Oliveira Goldfinger, a capacitação foi realizada com 28 municípios do Estado. “Em razão da Covid-19, nós fizemos essa capacitação apenas com alguns municípios. Mas a partir de novembro, nós queremos realizar as capacitações em in loco com os demais municípios que não participaram desta etapa”.
Em 2021, Mato Grosso do Sul registrou oito casos suspeitos de sarampo sendo que sete descartados e um está em investigação. Deste total, quatro casos foram notificados em Campo Grande e os outros quatro restantes foram notificados nos municípios de Rio Verde, Três Lagoas, Nioaque e Corumbá. Em 2020, o Estado confirmou nove casos de Sarampo em Campo Grande, na faixa etária entre 9 meses a 53 anos, sendo um de paciente que retornou da França para Campo Grande em janeiro de 2020, outro retornou do Rio de Janeiro no período de incubação, e os outros sete casos restantes estavam na Capital sem história de viajem, mostrando a circulação do vírus no município.
Sarampo
O Sarampo é uma doença infecciosa exantemática aguda, extremamente contagiosa, altamente transmissível e com o risco de evoluir, com complicações e óbitos, principalmente em crianças desnutridas e menores de um ano de idade. A vacina contra o sarampo está presente na Campanha de Multivacinação que neste ano visa atualizar as Cadernetas de Vacinação em crianças e adolescentes com menos de 15 anos. A campanha foi prorrogada pelo Ministério da Saúde até o dia 30 de novembro de 2021.
Os sintomas mais comuns da doença são: febre alta, dor de cabeça, manchas avermelhadas na pele (aparecem primeiro no rosto e atrás da orelha e depois se espalham pelo corpo), tosse, coriza e conjuntivite. Como não existe tratamento específico para o sarampo, é importante ficar atento se alguém, com quem se teve contato, ficar doente.
As complicações decorrentes do sarampo são mais graves em crianças menores de cinco anos e podem causar meningite, encefalite e pneumonia. O vírus é transmitido pela respiração, fala, tosse e espirro. As micropartículas virais ficam suspensas no ar, por isso o alto poder de contágio da doença.
Quem já teve a doença não corre o risco de ser contaminado pelo vírus novamente. Porém, a comprovação deve ter sido por meio de exame laboratorial.
O sarampo pode deixar sequelas caso não seja tratado. As complicações da doença são: otites, infecções respiratórias e doenças neurológicas, e em casos mais graves podem provocar surdez, cegueira, retardo do crescimento e redução da capacidade mental.
Na suspeita ou a confirmação de sarampo, a pessoa precisa ficar em isolamento social e é realizado o bloqueio seletivo com a aplicação da vacina tríplice viral em todos que tiveram algum contato com o doente. Com essa ação, a tentativa é parar o vírus com a imunização de todos os indivíduos que estão em risco.
Rodson Lima, SES