Alimentação equilibrada e outros hábitos saudáveis podem reduzir em até 33% as chances do desenvolvimento do câncer, incluindo o câncer de mama, conforme dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer). Os estudos indicam que o tabagismo e alimentação inadequada são os maiores fatores de risco para a doença. No lançamento do Outubro Rosa, nesta segunda-feira (9), na Secretaria de Estado de Saúde (SES), o discurso das autoridades pautou justamente esses aspectos, incluindo também a conscientização da realização periódica de exames, a fim do diagnóstico precoce.
“As evidências científicas apontam que os maiores de fatores de risco para o câncer são a alimentação inadequada e o tabagismo. Por isso a importância de ter hábitos saudáveis. Para um indivíduo que tem a alimentação adequada, não tem sobrepeso e pratica atividade física, as chances de desenvolver o câncer caem 33%. Por isso a alimentação adequada é um fator de proteção contra o câncer, incluindo o câncer de mama. Os agrotóxicos são substâncias que promovem o câncer e por isso é melhor o consumo de alimentos orgânicos”, disse o nutricionista da Gerência Estadual de Alimentação e Nutrição da SES, Anderson Holsbach.
Sobre o trabalho desenvolvido pela SES na luta pelo diagnóstico precoce, o secretario de Saúde, Nelson Tavares, destacou a intenção da Secretaria de adotar o modelo de protocolo do Hospital de Câncer de Barretos, referência no tratamento e prevenção do câncer. “Nós temos o interesse grande de prestigiar os serviços existentes. A ideia é adotar o modelo de protocolo da região de Barretos, um modelo holandês. Em Mato Grosso do Sul esse atendimento seria também realizado por três carretas que atenderiam mulheres em diversos lugares do Estado”, disse o secretário, mencionando uma visita feita por ele ao Hospital de Câncer de Barretos, em 2016.
A campanha Outubro Rosa, pela primeira vez realizada em parceria com a Subsecretaria de Políticas Públicas para as Mulheres, é uma mobilização mundial pela prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama. No evento, a SES e a Subsecretaria assinaram um termo de parceria visando a sensibilização de ações destinadas a alimentação e nutrição saudável.
“Pela primeira vez a campanha Outubro Rosa está sendo, de forma efetiva, articulada conjuntamente entre Secretaria de Saúde e a Subsecretaria de Políticas Públicas para as Mulheres. Porque um dos eixos das políticas públicas é garantir a atenção integral à saúde das mulheres e essa integralidade feita com equidade e estamos lutando por isso. De forma simples, porém com informações necessárias, vamos distribuir um folheto em diversos núcleos do interior para ajudar na divulgação das formas de prevenção da doença”, afirmou a subsecretária de Políticas para as Mulheres, Luciana Azambuja.
A primeira-dama do Estado, Fátima Azambuja, lembrou a importância de se organizar para que os exames fiquem sempre em dia. “Nós mulheres também temos várias barreiras e mitos, como a dor do exame, mas precisamos vencer isso. Temos que realizar exames regulares, a mulher precisa se cuidar. Muitas vezes a gente agenda viagens para todos os anos e não agenda a mamografia. Precisamos cuidar da nossa saúde desde cedo”, disse.
Feirinha de Orgânicos
Pequena, mas com muitas opções a Feira de Orgânicos realizada na SES, também nessa segunda-feira, proporcionou aos servidores a compra de alimentos saudáveis, sem agrotóxicos e que visam à valorização da agricultura familiar.
“Todos os produtos são orgânicos, não usamos agrotóxicos. Somos 30 produtores na cooperativa produzindo alimentos saudáveis”, disse o diretor presidente da Organocoop (Cooperativa dos Produtores de Orgânicos da Agricultura Familiar de Campo Grande- MS), Vanderlei Azambuja Fernandes.
Os alimentos orgânicos respeitam, em sua produção, o meio ambiente , evitando a contaminação do solo, água e vegetação, além de serem mais saborosos e livres de hormônios ou produtos químicos.
Alguns alimentos protegem o organismo do câncer , como alimentos in natura, já que são altamente ricos em vitaminas, minerais e fibras. Esses alimentos são obtidos através da natureza sem que tenham sofrido nenhuma alteração.
Outros alimentos aumentam o risco de surgimento da doença, como processados e ultraprocessados, que são desbalanceados nutritivamente, com muito sódio, açúcar e conservantes.
Luciana Brazil- assessoria da SES. Fotos: Jefferson Gonçalves.