Campo Grande (MS)-Devido a uma decisão pessoal e por motivos particulares, o secretário de Estado de Saúde, Nelson Barbosa Tavares, decidiu deixar o comando da pasta nessa semana. À frente da SES (Secretaria de Estado de Saúde) desde 2015, início da gestão do governador Reinaldo Azambuja, Tavares afirmou que se sente orgulhoso pelos trabalhos realizados junto à secretaria e que o sentimento é de “dever cumprido”.
Na tarde desta quarta-feira (6), à imprensa, ele explicou que sua saída já estava sendo discutida com o governador há alguns meses, mas por falta de um nome que pudesse substitui-lo, a data para deixar o cargo acabou sendo postergada.
Médico cardiologista, Tavares ressaltou ainda que não tem intenção alguma de ser candidato a cargos políticos e que pretende agora se concentrar em sua vida pessoal. “Não tenho intenção alguma de participar da vida pública”.
Antes de deixar a pasta, Tavares ressaltou que o grande desafio durante sua gestão foi mudar a forma de gerir para obter resultados diferentes e satisfatórios. “O grande desafio que a gente se propôs a fazer, e que não foi muito simples, era não fazer mais do mesmo. E eu estou muito tranquilo porque é uma meta do governador e por isso, eu saindo, ela continua”. Ele citou também o enfrentamento feito às cirurgias eletivas e a administração de eficiência realizada. “É uma vitória do Governo e a gestão continuará na mesma linha”.
Como titular da SES, ele operacionalizou, ao lado do governador, a Caravana da Saúde, o maior programa de saúde regional de Mato Grosso do Sul que levou a população atendimento médico de qualidade, eliminando fila de espera por exames, consultas e cirurgias. A Caravana ainda estruturou hospitais e levou diversas melhorias aos municípios do Estado. Com o projeto, o Governo atendeu mais de 230 mil pessoas, realizou mais de 100 mil consultas, 850 mil procedimentos, 34 mil exames e 54 mil cirurgias. “Tenho orgulho de ter feito parte de tudo isso”, disse ele.
Sobre a ação do MPE (Ministério Público Estadual) que investiga o uso de recursos financeiros no combate à dengue, Tavares ressalta que tem extrema tranquilidade sobre o assunto, já que a SES cumpriu com o dever de casa no que diz respeito ao combate às doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti. Ele lembra ainda que sua saída não tem relação alguma com a ação e que “jamais sairia do Governo por causa de uma questão dessas, até porque nós temos muito orgulho de ter conduzido da forma como nós conduzimos. É uma questão de honra a forma como nós fizemos o enfrentamento à dengue, zika e chikungunya”, disse.