Campo Grande (MS)- Visando reduzir em até R$ 50 milhões por ano os gastos com compra de medicamentos de alto custo, os estados integrantes do Consórcio Brasil Central – Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal, Tocantins, Rondônia, Acre e Maranhão- devem apresentar em breve uma plataforma unificada de compra que irá permitir a economia de até 10% na aquisição desses produtos.
A expectativa é que na próxima semana comece a ser elaborada a lista de medicamentos que farão parte da plataforma. Na reunião da Câmara Técnica de Saúde, realizada ontem, foram definidos os representantes de uma Comissão que irá conduzir a implantação do modelo de compra.
Para o secretário de saúde de Mato Grosso do Sul, Nelson Tavares, se trata de uma economia significativa. “Vamos aprimorar a logística, a compra, armazenamento e distribuição, primeiramente com foco em medicamentos de alto custo, de alto valor agregado e que são de responsabilidade do estado”, disse.
O governador de Goiás, Marconi Perillo, afirmou já nesta sexta-feira (4), durante o Fórum de Governadores do Brasil Central, no Centro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camilo, em Campo Grande, que os setes estados do Brasil Central gastam por ano R$ 500 milhões com medicamentos de alto custo.
“Se fizermos uma economia de 10% com a compra unificada teremos economia de R$50 milhões ao ano. A medida que nós nos juntarmos aderindo a uma ata (de registro de preço) ou algo semelhante, podemos comprar direto da indústria, compra em escala, e com isso baratear os medicamentos, principalmente os que são para o tratamento contra o câncer porque são muitos caros”, disse o governador Perillo. Outros medicamentos adquiridos mensalmente pelos estados, como insulina, também serão incluídos.
“Existe um rol de medicamentos de alto custo e pactuamos que será feita Ata de Registro de Preços capitaneada pelo estado de Goiás, e que os estados poderão aderir a essas Atas, diminuindo os custos”, afirmou o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja.
Luciana Brazil e Jefferson Gonçalves- assessoria SES. Fotos: Chico Ribeiro