Mato Grosso do Sul é o estado do país com a melhor cobertura do Proteja

  • Publicado em 07 dez 2022 • por marianel@ses.ms •

  • Proteja é um projeto intersetorial com objetivo deter o avanço da obesidade infantil no país

    Mato Grosso do Sul recebe destaque como Estado com a melhor cobertura da Estratégia Nacional para a Prevenção e Atenção à Obesidade Infantil – Proteja – conforme monitoramento final de indicadores previstos para o ano de 2022. Assim, o Estado sobressaiu no cumprimento de três indicadores do ‘Proteja’, considerado o número de crianças com estado nutricional registrado, o número de crianças com marcadores de consumo alimentar registrados e o número de registros de atendimentos individuais em que a condição avaliada foi obesidade em 2022 foram superiores aos números registrados em 2020.

    Para o secretário de Estado de Saúde, Flávio Britto, este reconhecimento é fruto do trabalho que vem sendo desenvolvido dentro da Secretaria de Estado de Saúde (SES). “Nós, enquanto Secretaria de Saúde, buscamos estimular os municípios a aderirem a programas, bem como capacitado os profissionais para conduzirem esses projetos. É muito importante trabalharmos com ações de alimentação e nutrição para que a gente possa proporcionar mais qualidade de vida à população”.

    Segundo o nutricionista da SES, Anderson Holsbach, a SES/MS vem realizando oficinas de qualificação dos profissionais e de implementação da estratégia. “Por meio de um grupo nós temos estimulado os municípios a realizarem as ações e metas, além de fazer busca ativa para apoiar o cumprimento das ações a cada etapa e visitas de monitoramento in loco”, explica.

    Em relação ao Proteja, no Mato Grosso do Sul, 10 municípios aderiram ao programa após o trabalho de sensibilização da SES sendo Angélica, Antônio João, Aparecida do Taboado, Chapadão do Sul, Fátima do Sul, Iguatemi, Japorã, Laguna Carapã, Paranhos e Tacuru.

    Dados

    No Brasil, o excesso de peso – que compreende o sobrepeso e a obesidade –tem aumentado em todas as faixas etárias. De acordo com dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN), em Mato Grosso do Sul no ano de 2020 foram acompanhadas 80.837 crianças menores de 10 anos na Atenção Primária à Saúde, das quais 8,85% foram classificadas com peso elevado para idade. Em 2021, o número de crianças acompanhadas aumentou para 108.379 e 9,67% foram classificadas com peso elevado para idade.

    A obesidade entre crianças e adolescentes é resultado de uma série de fatores, entre eles, o genético, individual/comportamental e ambiental que atuam em vários contextos como o familiar, escolar e social. Alimentos baratos, de alto aporte calórico e baixo aporte nutricional, faz com que o organismo faça adaptações metabólicas à privação de alimentos nutritivos, o que resulta em crianças e adolescentes com sobrepeso ou obesidade.

    De acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), doenças como a ansiedade, estresse e depressão causam um transtorno nos padrões alimentares e associadas a condição de má nutrição, a longo prazo, leva ao aumento da obesidade e das doenças associadas – como a hipertensão e diabetes –, além de reduzir o rendimento escolar e o potencial de aprendizagem.

    Proteja

    A Estratégia de Prevenção e Atenção à Obesidade Infantil (PROTEJA), foi instituída pela Portaria GM/MS nº 1.862, de 10 de agosto de 2021. É um projeto intersetorial e tem como objetivo deter o avanço da obesidade infantil e contribuir para o cuidado e para a melhoria da saúde e da nutrição das pessoas.

    É imprescindível o monitoramento do estado nutricional, dos marcadores de consumo alimentar e dos atendimentos individuais para problema ou condição avaliada como obesidade em crianças acompanhadas na Atenção Primária à Saúde, haja vista que essas ações formam um pilar importante para o planejamento e aprimoramento das ações realizadas no âmbito do ‘Proteja’, com a finalidade de melhorar a estratégias de atenção e prevenção à obesidade infantil nos municípios brasileiros.

    As ações propostas pela estratégia requerem articulação local para a sua implementação com outros setores como o da educação, assistência social, agricultura, segurança alimentar e nutricional, entre outros, com competência de planejar e colocar em prática iniciativas capazes de oferecer ambientes e cidades favoráveis às escolhas e hábitos de vida saudáveis.

    ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO/SES

    Foto: Reprodução / Mauro Vieira – Secretaria Especial do Desenvolvimento Social

    Categorias :

    Alimentação e Nutrição

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