Ministério da Saúde atende MS e anuncia doação de vacinas para nações de baixa renda

  • Publicado em 20 dez 2021 • por marianel@ses.ms •

  • Principal objetivo da proposta é diminuir a transmissão nas regiões fronteiriças do território nacional, bem como, reduzir um eventual impacto da variante Ômicron nos serviços de saúde nas regiões fronteiriças

    Uma sugestão enviada pela Secretaria Estadual de Saúde de Mato Grosso do Sul ao Ministério da Saúde vai ser atendida, conforme anúncio feito nesta segunda-feira (20) pelo ministro da Saúde Marcelo Queiroga: a doação de vacinas contra a Covid-19 para países que enfrentam dificuldades para aquisição dos imunizantes em quantidade suficiente para imunizarem suas populações.

    Segundo anúncio feito pelo Ministério da Saúde, o Brasil vai doar ao menos dez milhões de doses de vacinas contra a Covid-19. A medida vai atender tanto nações de baixa renda, bem como países que fazem fronteira com o Brasil. As doações acontecerão por meio da aliança internacional Covax Facility, conduzida pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

    Ao saber da notícia, o secretário estadual de Saúde Geraldo Resende comemorou: “fico muito feliz com o fato de que uma sugestão que fizemos no começo deste mês ao Ministério da Saúde esteja sendo atendido. Na oportunidade, mostramos ser imprescindível a doação de doses disponíveis de vacina contra a Covid-19, principalmente aos países vizinhos do Brasil. No caso de Mato Grosso do Sul, especificamente para o Paraguai e a Bolívia, por encontrarem-se com baixa cobertura vacinal, naquela época abaixo de 50%”.

    “O principal objetivo dessa proposta que fizemos e que será atendida pelo Ministério da Saúde é diminuir a transmissão nas regiões fronteiriças do território nacional, bem como, reduzir um eventual impacto da variante Ômicron nos serviços de saúde fronteiriças, minimizando a possibilidade de surgimento de possíveis novas variantes na região”, salienta o secretário.

    Segundo o ministro Marcelo Queiroga, é possível que, além das 10 milhões de doses iniciais, mais 20 milhões de doses sejam doadas posteriormente, totalizando ao menos 30 milhões de unidades da vacina. A efetivação da doação dependerá da manifestação de interesse e anuência de recebimento do imunizante pelo país beneficiado.

    Geraldo Resende, por sua vez, afirma que a iniquidade da oferta de vacinas em todo o mundo, em tese, é responsável pelo surgimento da variante Ômicron (B 1.1.529), com grande potencial de escape de resposta imune e possível impacto, no aumento de casos, hospitalizações e óbitos.

    “No caso de nosso Estado, Mato Grosso do Sul, o baixo desempenho vacinal do Paraguai e Bolívia, colocam em situação de vulnerabilidade, os residentes dos treze municípios de fronteira de Mato Grosso do Sul por possuírem cidadãos que residem, trabalham e circulam diariamente neste território estadual. Essas áreas fronteiriças apresentam fluxo intenso de pessoas sem um controle sanitário adequado. Muitos serviços de saúde são compartilhados e a atividade econômica é extremamente relevante nessas regiões, daí a importância dessa ajuda humanitária que o Brasil vai ofertar a os países irmãos da América Latina”, conclui Geraldo Resende.

    Texto e foto: Ricardo Minella/SES

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