No coração do HRMS, o amor de mãe é ponte para a superação e estímulo para conquistas

  • Publicado em 09 maio 2025 • por Danubia Karinni Burema De Sousa •

  • Em cada corredor do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), pulsa mais do que atendimento e tecnologia: pulsa amor — especialmente o amor de mãe. Nesta semana em que é comemorado o Dia das Mães, o HRMS homenageia mulheres cuja dedicação e estímulo ultrapassam os limites da maternidade tradicional e se tornam parte essencial na vida de seus filhos.

    Uma dessas histórias é a da servidora Iracema Martins Correa Pistorio, 60 anos, e do servidor Domingos Sávio Correa Pistorio, 43 anos. Iracema se tornou mãe aos 17 anos e, hoje, trabalha com o filho no hospital, preparando o caminho para mais um membro da família no HRMS: o neto, que está concluindo a faculdade de Enfermagem.

    Iracema entrou no HRMS há 21 anos, após passar em um concurso público. Quando se inscreveu no processo seletivo, o objetivo era um só: incentivar o filho mais velho a estudar e fazer a prova. “Não tinha a intenção de trabalhar no hospital. Naquela época, trabalhava em uma creche e gostava muito. Fiz o concurso para incentivá-lo”, relembra a mãe.

    O estímulo deu certo! Mãe e filho foram aprovados no concurso. Domingos Sávio conta que tinha a intenção de ir embora para Porto Velho (RO), mas decidiu seguir o conselho da mãe, também para ficar mais perto da família. A primeira passagem de Domingos pelo HRMS durou quase oito anos, até que ele decidiu pedir demissão para ajudar o irmão a cuidar de um negócio da família, após o pai infartar.

    Mas, ouvindo o conselho da mãe e da esposa — que também trabalha no hospital —, Domingos Sávio voltou ao HRMS durante a pandemia como contratado, até que, em 2024, com a abertura de um novo concurso público, decidiu participar novamente do processo seletivo e, mais uma vez, foi aprovado. Hoje, ele trabalha no setor de Compras do hospital, enquanto a mãe atua no SAME (Serviço de Arquivamento Médico), atendendo pacientes que procuram por exames ou prontuários, por exemplo.

    “É bom saber que uma parte da família está perto. Para eles, é bom também saber que estamos aqui”, resume Domingos sobre a experiência de trabalhar próximo da mãe e da esposa.

    Para Iracema, a chegada do Dia das Mães é motivo de comemoração. “É muito bom poder comemorar mais um Dia das Mães. Adoro comemoração, mas o Dia das Mães é mais especial ainda”, garante.

    Uma jornada de dedicação

    Dos cinco dias úteis da semana, em quatro deles, Guaracyara Nascimento dos Santos, 32 anos, e a pequena Eloah Vitória, de um ano, saem de Aquidauana, a 144 km de Campo Grande, rumo ao HRMS. Às segundas, terças, quintas e sextas, são quase 300 quilômetros diários em busca de um tratamento iniciado logo após Eloah ter alta. Por semana, são mais de mil quilômetros percorridos em busca de um sonho: que a pequena Eloah ande e continue se desenvolvendo bem.

    Eloah nasceu prematura e, após o nascimento, ficou 30 dias internada no hospital. A alta foi o começo da segunda jornada da pequena e também da mãe, que havia sido diagnosticada com trombofilia e, por isso, já fazia o pré-natal no HRMS, que é referência no atendimento de gestantes de alto risco. Guaracyara, mais conhecida como Guará, também é mãe de Luis Otávio, 9 anos, e Liz Helena, 5 anos.

    “Quando saímos daqui, fomos embora com todos os encaminhamentos para voltar e fazer o acompanhamento necessário: fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, gastroenterologista pediátrico e pediatra. Tem dia que saímos de casa de madrugada, tem dia que ficamos o dia inteiro aqui… Só o amor de mãe é capaz de fazer uma pessoa viver pela outra. Eu ando, tenho autonomia, mas, se eu não lutar por ela, pode não andar”, conta a mãe sobre a jornada de dedicação em prol da filha.

    Graças ao acompanhamento da equipe multidisciplinar e ao compromisso da mãe e de toda a família com o tratamento da pequena Eloah, aos nove meses chegou-se a um diagnóstico: ela tem paralisia cerebral. “Isso só mostra a importância dessa porta aberta que nós tivemos aqui. Se minha filha não tivesse todo o acompanhamento necessário, ela não ficaria em pé hoje. Talvez, agora é que estaríamos iniciando um tratamento. Ver a minha filha ficando em pé hoje é a recompensa de todo o meu trabalho, e tenho um sentimento de gratidão por isso”, destaca Guará.

    Quando chega em casa, depois de um dia cheio de consultas e viagens, Guará vai se dedicar aos dois filhos e ao esposo. “Graças a Deus, tenho uma rede de apoio e um marido que me apoia em tudo, mas também quero me dedicar a eles e deixar tudo pronto para o dia seguinte. Hoje em dia, somos só felicidade e vamos ver a Eloah andar”, garante.

    Patrícia Belarmino, Comunicação Funsau/HRMS

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