Campo Grande (MS)- Reduzir drasticamente o número de casos de sífilis adquirida e gestante em Mato Grosso do Sul até o ano de 2022, além de controlar e eliminar a transmissão vertical da sífilis, entre mãe e bebê, são desafios traçados pelo 1º Plano Estadual de Enfrentamento à Sífilis, elaborado pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) do Estado e apresentado nessa sexta-feira (15) durante o 1º Seminário de Enfrentamento à Doença.
Dividido em cinco grandes eixos de intervenções – assistência; vigilância; gestão e governança; mobilização social; comunicação e educação permanente – o Plano de Mato Grosso do Sul se diverge dos já existentes no Brasil, pois diferente dos demais, ele inclui estratégias de combate à sífilis adquirida, e não apenas da congênita. O Plano orienta quanto às responsabilidades e ações no âmbito estadual e municipal a serem desenvolvidas no enfrentamento da sífilis adquirida, gestante e congênita, além de ações de promoção, prevenção e controle do processo epidêmico.
A intenção, de acordo com a gerente do Programa Estadual IST/AIDS, Danielle Martins, é construir novas rotinas de saúde, reorganizar fluxos e serviços, conscientizar a população e profissionais de saúde numa grande mobilização social e institucional.
As estratégias definidas também proporcionariam o acesso ao pré-natal precoce, testagem rápida de gestantes, além do tratamento e acompanhamento de 100% das gestantes diagnosticadas. Segundo Danielle, a proposta é constituir uma resposta integrada e colaborativa contra a sífilis que articule as redes de atenção à saúde e “os diferentes espaços de produção de cuidado”. “Queremos o fortalecimento da vigilância epidemiológica da sífilis adquirida, em gestante e sífilis congênita. A proposta é articular os setores sociais e comunidades, para fortalecer resposta rápida à sífilis, garantindo a oferta da testagem do teste rápido de sífilis a toda população, em toda rede de atenção primária”.
No eixo de assistência estão ainda a oferta de penicilina nas unidades de saúde, teste em 100% das unidades de saúde, acesso ao aconselhamento e testagem, ações conjuntas com programas de saúde do homem e saúde da mulher. “Propomos ainda o referenciamento regional para casos de complicações neurológicas ou cardíacas”, explicou Danielle.
Entre diversas ações que pontuam o Plano, estão ainda a cooperação para implementação das linhas de cuidado
de sífilis com intervenção em populações-chave e
prioritárias e interrupção da cadeia de transmissão vertical da sífilis,
hepatite B, HIV e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis.
Luciana Brazil assessora de comunicação SES.