Campo Grande (MS) – Em dois anos, o número de casos de sífilis em Mato Grosso do Sul cresceu 68,6%, de acordo com dados da Vigilância Epidemiológica da SES (Secretaria de Estado de Saúde). Diante da epidemia da doença, que afeta o país inteiro, a Coordenadoria de Vigilância em Saúde, por meio do Programa Estadual de IST/AIDS e Hepatites Virais, elaborou o 1º Plano Estadual de Enfrentamento à Sífilis, inédito no país. O projeto será apresentado nessa sexta-feira (15), durante o 1º Seminário Estadual de Enfrentamento à Sífilis, que teve início na manhã de hoje, em Campo Grande.
O plano de enfrentamento de Mato Grosso do Sul se diverge dos já existentes no Brasil, pois diferente dos demais, ele inclui estratégias de combate à sífilis adquirida, e não apenas da congênita. As ações de combate à doença, que serão aplicadas nesse planejamento, serão apresentadas pela gerente do Programa Estadual IST/ AIDS, Danielle Martins.
1º Seminário
O seminário, que vai até essa sexta-feira (14), pretende discutir o redirecionamento da linha de cuidados dos pacientes com sífilis na rede de Atenção Básica. Em 2016, foram notificados 1.408 casos de sífilis adquirida. Já nesse ano, até 30 de novembro, o número cresceu para 2.374.
Em seu discurso, durante a abertura do seminário, na ABO (Associação Brasileira de Odontologia), a Superintendente Geral de Vigilância em Saúde da SES, Angela Cristina Lopes, lembrou a mudança de hábitos da população como uma grande alavanca para a epidemia e disse que aumentar as ações em saúde é um dos objetivos da pasta.
“Dados apontam que houve mudança no comportamento da população, incluindo a terceira idade, classe que viu a taxa de doenças sexualmente transmissíveis subir vertiginosamente. Distribuímos nesse ano 210 mil testes rápidos para detecção da sífilis em Mato Grosso do Sul”, disse.
Também estiveram presentes na abertura do evento o secretario Municipal de Saúde, Marcelo Varela, o presidente do COSEMS e também secretario de Saúde de Miranda, Wilson Braga, e o presidente da ABO/MS, Carlos Magno de Oliveira Rodrigues.
Luciana Brazil – Assessoria de imprensa SES.