Treinamento reforça vigilância de arboviroses zoonóticas com foco na vigilância animal

  • Publicado em 20 dez 2025 • por Kamilla Nunes Ratier Camacho •

  • Realizado em Campo Grande, capacitação reuniu técnicos e gestores para aprimorar o monitoramento e a tomada de decisão em saúde

    A SES (Secretaria de Estado de Saúde), por meio da superintendência de Vigilância em Saúde, realizou, entre os dias 16 e 19 de dezembro, em Campo Grande, o Treinamento em Vigilância de Arboviroses Zoonóticas aplicado à Vigilância Animal, na ETSUS (Escola Técnica do SUS). A capacitação foi promovida em parceria com o Ministério da Saúde e com a Plataforma Institucional de Biodiversidade e Saúde Silvestre da Fundação Oswaldo Cruz (Pibss/Fiocruz), com o objetivo de fortalecer a vigilância, a detecção precoce de arboviroses e a capacidade de resposta do SUS (Sistema Único de Saúde).

    De acordo com a superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Larissa Castilho, a iniciativa integra a estratégia estadual de fortalecimento das ações de vigilância frente às doenças emergentes e reemergentes. “Capacitar as equipes é fundamental para garantir uma resposta mais ágil e integrada aos eventos de saúde pública. A vigilância precisa estar preparada para identificar precocemente os riscos e atuar de forma coordenada, protegendo a população e o meio ambiente”, ressaltou.

    Voltado à formação de multiplicadores, o treinamento reuniu cerca de 35 gestores e técnicos das áreas de vigilância epidemiológica, entomológica, arboviroses e zoonoses, além de representantes de instituições estratégicas. Participaram profissionais da Defesa Civil, da Polícia Militar Ambiental, do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) de Campo Grande, das vigilâncias epidemiológicas municipal e estadual, plantonistas do CIEVS (Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde), bem como das coordenadorias estaduais de Controle de Vetores, de Vigilância em Saúde Ambiental e Toxicológica e de Saúde Única.

    Conforme a coordenadora de Vigilância Epidemiológica da SES, Danielle Tebet, a capacitação contribui diretamente para o aprimoramento da vigilância no território. “Ao qualificar os profissionais que atuam na linha de frente, fortalecemos a capacidade de detectar precocemente os casos, investigar eventos suspeitos e adotar medidas oportunas, evitando a disseminação das doenças”, destacou.

    Para a coordenadora de Saúde Única da SES, Danila Frias, o treinamento reforça o conceito de Saúde Única como eixo estratégico da vigilância. “A integração entre saúde humana, animal e ambiental é fundamental para compreender como as doenças se comportam no território. Quando esses três componentes são analisados de forma conjunta, conseguimos antecipar riscos, qualificar a vigilância e tornar as ações de prevenção e resposta mais eficazes para a proteção da população”, pontuou.

    Ao longo de quatro dias, a programação combinou atividades teóricas e práticas voltadas à vigilância da Febre Amarela, Febre do Nilo Ocidental, Febre do Oropouche, além de outras zoonoses. Segundo a gerente de Doenças Endêmicas da SES, Jéssica Klener, o treinamento contribui para qualificar o trabalho das equipes no território. “São doenças que exigem acompanhamento constante. Ter profissionais capacitados para identificar sinais, investigar as ocorrências e agir de forma oportuna é fundamental para reduzir o risco de transmissão à população”, afirmou.

    O coordenador de Controle de Vetores da SES, Mauro Lúcio Rosário, destacou a importância do alinhamento técnico entre vigilância animal, entomológica e ambiental. “O controle vetorial é uma etapa essencial na prevenção das arboviroses. Quando trabalhamos de forma integrada, com informação qualificada e análise de risco, conseguimos direcionar melhor as ações e otimizar os recursos no território”, explicou.

    Um dos destaques da capacitação foi o uso aplicado da plataforma SISS-Geo, ferramenta estratégica para apoiar o monitoramento, a análise de risco e a tomada de decisão em vigilância.

    Como resultado, a iniciativa contribuiu para a formação de multiplicadores estaduais, aprimorou a qualidade e a oportunidade das informações e reforçou a integração entre saúde humana, animal e ambiental. A ação fortalece as estratégias de prevenção, controle e resposta a eventos de relevância para a saúde pública e ambiental em Mato Grosso do Sul.

    Kamilla Ratier, Comunicação SES
    Fotos: Divulgação SES

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    Vigilância em Saúde

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