Campo Grande (MS) – A Secretaria de Estado de Saúde através da Gerencia Técnica do Programa de IST/ ADIS e Hepatites Virais está realizando um cronograma ade capacitação sobre os cuidados e orientações sobre hepatite nos municípios de Mato Grosso do Sul. As capacitações fazem parte do plano de ação de Vigilância em Saúde e são alusivas ao Dia Mundial de Combate a Hepatite, comemorado no dia 28 de julho.
Esta semana as equipes da SES estão no município de Nova Andradina onde são dadas orientações e apresentados todo o cenário da hepatite no Estado. Também são abordadas as testagens, diagnósticos, imunização, prevenção e tratamento. Nesta primeira semana, cerca de 45 profissionais participaram da capacitação entre eles médicos, enfermeiros, farmacêuticos e técnicos em saúde dos municípios que integram a microrregião de Nova Andradina.
De acordo com a gerente estadual de IST/ AIDS da Secretaria de Estado de Saúde, Daniele Martins, as capacitações reforçam as orientações para os cuidados da doença além de ampliar para a população as informações sobre o tratamento contra a hepatite. “O objetivo principal é o planejamento e aprimoramento das ações de atenção, prevenção e vigilância das Hepatites Virais em Mato Grosso do Sul. Dessa forma, enfatizando as ações de prevenção, incluindo o estímulo da população para a imunização contra a Hepatite B, diagnóstico e o tratamento adequado. Um profissional bem informado e atualizado torna-se uma grande fonte de saber para a população que atende”, disse a gerente.
Além das capacitações, a gerência técnica estadual de IST/AIDS o trabalha em conjunto à base de dados registrado no Sistema Nacional de Agravos e Notificação (SINAN) é de grande importância para a Vigilância Epidemiológica monitorar o aumento de doenças e mover ações e campanhas referentes à prevenção.
Dos cinco tipos de hepatites virais- A, B, C, D e E- as mais comuns no país são a A, B e C. Os primeiros sintomas da doença são o cansaço, tontura, ânsia de vômito, dor na região do fígado, febre, corpo amarelado, principalmente nos olhos, urina escura e fezes brancas.
Considerada um problema de saúde pública no Brasil e no mundo, a hepatite é uma inflamação do fígado e pode ser causada por um vírus ou por alguma reação do corpo a substâncias como remédios, álcool e outras drogas. A doença também pode se desenvolver a partir de doenças autoimunes, como a AIDS, além de metabólicas ou genéticas.
Mais comuns no Brasil, hepatites A, B e C são transmitidas de maneiras distintas e também apresentam tratamento e possibilidades de cura diferentes entre elas. Existem ainda os vírus D e E mais comuns na África e Ásia. Conforme o Ministério da Saúde, milhões de pessoas no Brasil são portadoras do vírus B ou C, mas desconhecem ter a doença, o que pode ser extremamente perigoso à saúde.
As Hepatites A e E são de transmissão fecal-oral, tem sua forma de transmissão relacionada a condições de saneamento básico. Já nos casos de hepatite B sua maior forma de transmissão é sexual hepatite C e D com transmissão parenteral e compartilhamento de objetos contaminados (tatuagem, seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de manicures) com menor frequência por transmissão sexual.
A vacina contra a Hepatite B está disponível em todas as unidades de saúde do Estado. A aplicação é realizada em três doses, sendo em um intervalo de um mês para a segunda dose e a terceira dose em cinco meses. Não há vacina para a hepatite C, porém o tratamento é disponibilizado na rede do Sistema Único de Saúde (SUS).
Jefferson Gonçalves