Rede estadual avança na Nova Arquitetura da Saúde com o Hospital Regional de Dourados

  • Publicado em 18 dez 2025 • por Kamilla Nunes Ratier Camacho •

  • O Governo do Estado avança na implementação da Nova Arquitetura da Saúde, modelo que reorganiza fluxos, fortalece a regionalização e redefine o papel dos municípios para garantir que o atendimento seja ofertado no nível de complexidade adequado em cada região de Mato Grosso do Sul. Como parte desse processo de reestruturação, será inaugurada no próximo dia 20 de dezembro a Unidade I do HRD (Hospital Regional de Dourados) Olga Catoldi Parizotto, novo equipamento que consolida a estratégia planejada para o sul do Estado.

    A entrega do hospital representa mais um passo dentro de um projeto que começou a ganhar forma prática em outubro, com a inauguração da Policlínica Cone Sul. A estrutura funciona como centro de diagnóstico e especialidades e é o primeiro elo da linha de cuidado da macrorregião, reduzindo deslocamentos e ampliando a resolutividade dos atendimentos especializados.

    Equipada com tecnologia moderna a Policlínica oferece atualmente exames de tomografia, ultrassonografia, mamografia, densitometria óssea, endoscopia, colonoscopia, raio X, além de exames laboratoriais e atendimentos multiprofissionais. A unidade passou a funcionar como porta de entrada para a rede especializada, ampliando o acesso da população a serviços que antes exigiam longos deslocamentos para outros municípios.

    A Nova Arquitetura da Saúde prevê que municípios de médio porte concentrem a oferta de serviços de média complexidade, enquanto cidades maiores, como Dourados, assumem o atendimento de alta complexidade. Essa reorganização fortalece a regionalização, qualifica o fluxo assistencial e contribui para reduzir a sobrecarga dos hospitais da Capital, Campo Grande.

    Segundo o secretário de Estado de Saúde, Maurício Simões Corrêa, o novo desenho da rede proporciona um atendimento mais eficiente e equilibrado. “Essa organização redefine os caminhos do paciente e garante que cada pessoa seja atendida no lugar certo, no momento certo. A regionalização reduz deslocamentos, melhora a resolutividade e fortalece todo o sistema. Dentro dessa lógica, o Hospital Regional de Dourados é uma peça estruturante, porque amplia a capacidade da macrorregião e consolida o equilíbrio assistencial que estamos construindo em Mato Grosso do Sul”, destacou.

    A secretária adjunta de Estado de Saúde, Crhistinne Maymone, reforça que o HRD Olga Castoldi Parizotto simboliza a consolidação da Nova Arquitetura da Saúde no sul do Estado. “O Hospital Regional de Dourados é um marco dentro desse novo modelo. Ele nasce alinhado à lógica da regionalização, conectado à Policlínica Cone Sul e estruturado para oferecer atendimento de média e alta complexidade com segurança, eficiência e tecnologia. É um equipamento que fortalece o Sul como polo de referência e mostra, na prática, como a rede estadual está sendo redesenhada para entregar cuidado mais próximo, moderno e humanizado à população”, afirmou.

    Hospital Regional de Dourados Olga Castoldi Parizotto

    Localizado às margens da BR-463, o HRD Olga Castoldi Parizotto abrirá com 100 leitos, sendo 59 de internação, 20 de UTI (10 adulto e 10 pediátrica) e 21 leitos para cuidados imediatos. São quatro salas cirúrgicas e capacidade para procedimentos de média e alta complexidade em áreas como cirurgia geral, ortopedia, aparelho digestivo, ginecologia, cirurgia plástica, urologia, oftalmologia, otorrinolaringologia e vascular.

    Mesmo antes da abertura oficial, o Hospital Regional de Dourados Olga Castoldi Parizotto já entrou em operação e iniciou sua atuação assistencial. Na segunda-feira, 15 de dezembro, foi realizada a primeira cirurgia na unidade, procedimento que representa o início efetivo das atividades do hospital e a capacidade operacional da nova estrutura.

    A unidade atenderá os 34 municípios da macrorregião Cone Sul, beneficiando cerca de 900 mil pessoas. Todo o atendimento será regulado pela Central de Regulação Estadual. A expansão será gradual até 2026, quando o hospital passará a operar com 192 leitos, incluindo a ativação da hemodinâmica e de uma quinta sala cirúrgica.

    Com foco na eficiência, segurança da informação e experiência humanizada, o hospital inicia as atividades com processos totalmente digitalizados, incluindo prontuário eletrônico, gestão de leitos, integração com a regulação estadual e monitoramento contínuo de atendimentos. A informatização garante rastreabilidade, otimização de fluxos e mais segurança assistencial.

    O modelo tecnológico adotado no HRD Olga Castoldi Parizotto servirá como referência para as próximas unidades que compõem a Nova Arquitetura da Saúde.

    Para a diretora-geral do HRD, Andréia Alcântara, o hospital representa um novo capítulo para a região e reafirma o compromisso do Estado com uma saúde mais moderna, próxima e qualificada. “Nossa missão é garantir um serviço organizado, seguro e resolutivo, integrado a toda a rede e preparado para atender com excelência desde o primeiro dia de operação. Trabalhamos para que cada processo, cada fluxo e cada detalhe desta estrutura reflitam o respeito que temos pelos pacientes, pelas famílias e pelos profissionais de saúde. É uma honra, para nós da Agir, conduzir este projeto e seguir avançando na construção de um modelo que realmente cumpra nosso propósito, que é cuidar de vidas”, afirmou.

    A entrada em operação do Hospital Regional de Dourados Olga Castoldi Parizotto integra o conjunto de ações planejadas para consolidar o novo desenho da rede estadual, distribuindo responsabilidades, garantindo atendimento regionalizado e fortalecendo polos estratégicos do Estado. Com isso, Mato Grosso do Sul amplia sua capacidade de resposta, reduz sobrecargas e consolida um sistema de saúde mais moderno, conectado e eficiente.

    Olga Castoldi Parizotto

    O Hospital Regional de Dourados recebeu o nome de Olga Castoldi Parizotto em homenagem à sua trajetória e contribuição para o desenvolvimento da região. Radicada em Dourados desde 1975, Olga se destacou no agronegócio e participou ativamente do crescimento econômico local. Gaúcha, mãe de 13 filhos, também é lembrada pela dedicação às ações de beneficência promovidas pela Igreja Católica, com atuação voltada ao cuidado das pessoas em situação de vulnerabilidade. A escolha do nome reconhece esse legado de trabalho, solidariedade e compromisso com a comunidade, reforçado ainda pelo gesto dos filhos de Olga, que doaram o terreno onde o novo hospital foi implantado.

    Kamilla Ratier, Comunicação SES
    Fotos: Bruno Rezende

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