Publicado em 24 nov 2025 • por Danubia Karinni Burema De Sousa •
Iniciativa do Nuptec do Bioparque Pantanal foi destaque durante ação da SES que formou multiplicadores no combate ao mosquito Aedes aegypti
Às vésperas do período endêmico da dengue, ações educativas desenvolvidas pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) reforçam a importância de eliminar potenciais criadouros do Aedes aegypti. No Bioparque Pantanal, o projeto Tampinha que Transforma mostrou às crianças como a simples reutilização de tampinhas plásticas pode evitar o acúmulo de água e ainda gerar brinquedos ecológicos que estimulam a prevenção dentro das famílias.
Durante ação educativa realizada pela SES neste mês e que capacitou alunos como multiplicadores na prevenção à dengue, uma iniciativa chamou atenção pela criatividade e impacto social: o Tampinha que Transforma. Desenvolvido pelo Nuptec (Núcleo de Pesquisa e Tecnologias), o projeto reaproveita tampinhas plásticas — potenciais criadouros do mosquito — para criar brinquedos ecológicos em oficinas educativas com crianças da comunidade.
“O Tampinha que Transforma não é só um projeto que ensina técnicas de reciclagem. Ele vai muito além disso. A gente vê vidas sendo transformadas quando sustentabilidade, cultura e dignidade caminham juntas. O projeto mostra, na prática, que cuidar do meio ambiente também é cuidar das pessoas e das histórias que elas carregam”, explica Andréia Corrêa, coordenadora do projeto no Nuptec.
Segundo Regilene Fátima de Oliveira, que atua ao lado de Andréia Corrêa, a ação já tem cerca de oito meses e passou por diversos bairros e eventos. “A gente trabalha em parceria com a Solurb e a Rede Pereira, que recolhem as tampinhas. As crianças participam das oficinas, aprendem sobre reciclagem e ficam encantadas ao ver que aquilo que seria lixo vira brinquedo. É uma forma de contribuir para minimizar o problema da dengue, porque tampinha acumulando água é foco do mosquito”, explica.
O projeto também foi destaque no Rodeo Fest Inclusivo, realizado no Parque de Exposições Laucídio Coelho, onde diversas crianças interagiram com brinquedos reciclados pela primeira vez. “Foi emocionante ver pais felizes ao verem seus filhos brincando. Teve criança que voltou várias vezes para participar”, conta Regilene.
Além das oficinas, o projeto – que integra o programa de gestão ESG do Bioparque- realiza doações em datas comemorativas e incentiva a troca e o reaproveitamento dos brinquedos pelas próprias crianças. O Nuptec desenvolve projetos e pesquisas científicas voltados as tecnologias sustentáveis, sociais educacionais e de inovação.
Ações que transformam
Para a diretora-geral do Bioparque Pantanal, Maria Fernanda Balestieri, ações educativas são transformadoras para as crianças. “No Bioparque Pantanal, acreditamos que a educação ambiental começa na infância. Quando as crianças entendem a importância da reciclagem e do cuidado com o ambiente, elas levam esse aprendizado para toda a vida. O projeto Tampinha que Transforma mostra isso na prática: com a simples reutilização de tampinhas plásticas, elas aprendem sobre sustentabilidade, a evitar o acúmulo de água parada, ajudar no combate à dengue e ainda criar brinquedos ecológicos. É um gesto pequeno, mas com um impacto enorme — dentro da escola, das famílias e da comunidade”, afirma.
“O Tampinha que Transforma mostra como as ações em parceria funcionam na prática. Quando governo e comunidade trabalham juntas, a prevenção acontece de forma mais efetiva. E a criança se torna um verdadeiro agente multiplicador”, finaliza a secretária-adjunta da SES, Crhistinne Maymone.
Danúbia Burema, Comunicação SES, e Rosana Moura, Bioparque Pantanal
Fotos: Gabriel Issagawa e Danúbia Burema