Publicado em 31 out 2024 • por Kamilla Nunes Ratier Camacho •
O Projeto NAVIO (Navegação Ampliada para a Vigilância Intensiva e Otimizada), desenvolvido pela SES/MS (Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul) conquistou o segundo lugar na 28ª edição do Concurso de Inovação no Setor Público, promovido pela ENAP (Escola Nacional de Administração Pública). A premiação, que aconteceu nesta quinta-feira (31), reconhece iniciativas que fortalecem a gestão pública, promovendo eficiência e ampliando o acesso a serviços de qualidade para a população.
Criado para atender às comunidades ribeirinhas e regiões de difícil acesso no Pantanal, o Projeto NAVIO é uma solução inovadora na área de Saúde Única, integrando saúde humana, animal e ambiental. O projeto é fruto de uma parceria entre a SES/MS, Fiocruz Minas (Fundação Oswaldo Cruz de Minas Gerais), Marinha do Brasil e SES/MT (Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso).
Por meio de embarcações adaptadas, o Projeto NAVIO leva atendimento médico e odontológico, medicamentos e exames às comunidades que enfrentam grandes desafios geográficos para acessar serviços de saúde. Além do atendimento direto, o projeto realiza estudos e monitoramento contínuo da saúde dessas populações, incluindo animais e o ambiente local. O impacto das mudanças climáticas no Pantanal também é foco das atividades, contribuindo para uma abordagem integrada de saúde e sustentabilidade.
A secretária adjunta de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul, Crhistinne Maymone, lembrou da importância de oferecer mais atenção às populações vulneráveis das comunidades ribeirinhas ao longo do rio Paraguai.
“Quero destacar que, acima de tudo, políticas públicas são feitas para pessoas, e o nosso maior agradecimento é a elas. Esse projeto é, em primeiro lugar, para essas pessoas, que enfrentam grandes desafios de acesso à saúde. Agradecemos também aos técnicos e às secretarias municipais de saúde que atuam nessas regiões e estão ao lado dessas populações ribeirinhas. Nosso reconhecimento especial vai ao Dr. Luiz Alcântara, da Fiocruz Minas Gerais, e aos 30 pesquisadores voluntários de diversas instituições que têm contribuído com dedicação para o sucesso desse projeto”, agradeceu Maymone.
Para a coordenadora de Saúde Única da SES/MS, Danila Frias, a premiação confirma a importância do Projeto NAVIO e celebra o excelente trabalho realizado pela SES/MS, por meio da coordenadoria de Saúde Única, em parceria com a Fiocruz Minas, SES/MT e Marinha do Brasil.
“Essa conquista reforça o impacto desse trabalho nas populações ribeirinhas e para todo o estado, além de destacar a inovação da Coordenadoria de Saúde Única, a primeira no Brasil com essa abordagem integrada. Trabalhar de forma unida entre diversos setores nos permite alcançar resultados que, de fato, fazem a diferença na vida da população. Não posso deixar de reconhecer também o papel fundamental dos colaboradores da SES, cujo apoio e dedicação foram essenciais para a execução desse projeto”, enalteceu Danila.
A conquista do segundo lugar destaca o compromisso da SES/MS em reduzir desigualdades no acesso à saúde, especialmente para populações vulneráveis e distantes dos centros urbanos. O projeto também é uma evidência do esforço colaborativo entre instituições e da importância de soluções inovadoras que atendam às demandas específicas do Pantanal.
O Projeto NAVIO conta com o apoio direto do governador Eduardo Riedel e do secretário de Estado de Saúde de MS, Maurício Simões Corrêa, estando alinhado com as diretrizes estratégicas do Governo do Estado para tornar Mato Grosso do Sul uma região próspera, digital, verde e inclusiva. A iniciativa exemplifica o compromisso estadual em ampliar o acesso à saúde e reduzir desigualdades, especialmente nas comunidades ribeirinhas e remotas.
Além de levar atendimento médico, o projeto adota práticas sustentáveis, aproveitando tecnologias e inovação para atender as populações vulneráveis, reafirmando o objetivo de um desenvolvimento inclusivo e sustentável para o estado.
Parcerias
Além da SES/MS, Fiocruz Minas, Marinha do Brasil e SES/MT, o projeto conta com o apoio dos LACENs (Laboratório Central de Saúde Pública) de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais e Paraná, alunos e professores do Programa de Pós-Graduação de Doenças Infecciosas e Parasitárias da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), pesquisadores da Fiocruz Mato Grosso do Sul, universidades federais de Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Ouro Preto, Universidades Estaduais de Mato Grosso do Sul e de Feira de Santana da Bahia, Embrapa, OPAS/OMS (Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde), Ministério da Saúde, Loccus, Biomanguinhos, IBMP (Instituto de Biologia Molecular do Paraná), prefeituras de Ladário, Corumbá e Porto Murtinho, Instituto Erasmus de Roterdan da Holanda, Universidade de Stellenbosch da África do Sul, Universidade de Sidney da Austrália e Sistema OCB/MS.
Kamilla Ratier, Comunicação SES
Foto: Divulgação SES